Crónicas da viagem a Barca D'Alva

Espaço, silêncio, inspiração e tempo, muito tempo para divagar, meditar e descobrir as ideias e palavras certas...

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Capítulo 2: O início da Viagem

A noite apresenta-se nublada, podendo ver-se o reflexo laranja da luz das duas cidades que partilham o rio Douro. De vez em quando caem chuviscos que molham lentamente as nossas roupas, + ou – bem escolhidas para o tempo que faz.

Uma vez que desejava-mos ver as paisagens e caminhar um bocado na linha da Barca D’Alva, nada melhor do que um dia de chuva para o efeito.


Antes de entrar neste veículo mendigado durante anos, tempo houve para recarregar o Andante e para o Sr. Daniel ir comprar o pequeno-almoço.

O Gustavo atrasou-se e disse que iria ter directamente a Campanha.

Entramos no metro, meio ensonados e a viagem decorre rapidamente até à paragem S. Bento.

Saímos. Percorremos o caminho até às escadas rolantes que dão acesso à parte lateral Direita do edifício da Estação de S. Bento.

Entramos pela porta principal. No átrio decorrem obras de manutenção do tecto, apresentando-se aquele grande espaço de espera, circulação e acesso ás plataformas, completamente fragmentado devido aos andaimes que por lá foram instalados. Restam pequenos corredores, ligando directamente à plataforma.

Foi para lá que nos dirigimos fazendo um slalom para chegar às bilheteiras.

Comprámos os bilhetes de ida e volta (dá 10% de desconto) para o Pocinho.

Nas plataformas estão os novos comboios eléctricos do serviço de suburbanos do grande Porto. Sem grandes explicações refiro apenas que são Unidades Múltiplas Eléctricas, fabricadas pela Bombardier e que entraram ao serviço em ……… A sua primeira viagem oficial chegou à plataforma de S. Bento onde está o nosso comboio. A mítica composição com 4 carruagens Sorefame, 1 de 1ªclasse + bar e 3 de 2ªclasse, com uma 1400, mais precisamente a 1411, espera que lhe seja dado o sinal de partida. Daí para a frente serão 3 horas e 39 minutos, pelo horário, até ao Pocinho.

Tempo ainda para uma passagem pelos W.C. e para umas fotos à composição.

As carruagens mais próximas da entrada da estação estão cheias de gente, na sua maioria idosos, que vieram passar o Natal com as suas famílias e agora regressam às lides do campo. A carruagem mais próxima da máquina está deserta, é para aí que nos dirigimos.

Instalamo-nos para que a viagem se inicie…

O sinal passa a verde. O chefe da estação diz ao maquinista que este pode seguir. Este com as suas mãos faz soar a buzina (não sei se está bem escrito) da velha máquina, ao mesmo tempo que acelera, para mergulhar no túnel das…….